Começou na quinta-feira (1º), a Campanha Dezembro Vermelho, período em que o mundo une suas forças para conscientizar a população sobre a importância de combater a Aids, doença causada pelo vírus HIV, que interfere na capacidade do organismo de combater infecções e que pode ser transmitida pelo contato com sangue, sêmen ou fluidos vaginais infectados. O Dezembro Vermelho também marca uma grande mobilização nacional na luta contra outras ISTs ((Infecções Sexualmente Transmissíveis). Neste mesmo período, também tem início o Dezembro Laranja, com foco no combate ao câncer de pele.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, a Paraíba registrou, este ano, 119 mortes decorrentes do HIV. Os municípios com os maiores números de mortes são João Pessoa (29); Santa Rita (14) e Campina Grande (10).
A Paraíba também registrou, entre os anos de 2018 a outubro 2021, 2.375 casos de HIV, destes 76,4% são do sexo masculino. No ano passado foram diagnosticados 494 novos casos de HIV, o representa uma diminuição de 7,1%, em relação a 2020. Já os relatórios do Unaids do Ministério da Saúde, 38,4 milhões de pessoas no mundo viviam com HIV em 2021. No Brasil, cerca de 920 mil portam o HIV. Deste total, 77% fazem tratamento com antirretroviral e 94% das pessoas que fazem o tratamento já não transmitem o HIV, por terem atingido a carga viral indetectável.
Os especialistas explicam que algumas semanas depois da infecção pelo HIV, podem ocorrer sintomas semelhantes aos da gripe, como febre, dor de garganta e fadiga. A doença costuma ser assintomática até evoluir para Aids. Os sintomas incluem perda de peso, febre ou sudorese noturna, fadiga e infecções recorrentes. Não existe cura para a AIDS, mas uma adesão estrita aos regimes antirretrovirais pode retardar, significativamente, o progresso da doença, bem como prevenir infecções secundárias e complicações.
A gerente da Gevid-TJPB, Valéria Beltrão, disse que anualmente o Poder Judiciário estadual desenvolve uma série de ações voltadas à conscientização de como evitar o contágio com o vírus HIV. “Essas ações são intensificadas no mês de dezembro, como também multiplicamos nossas iniciativas de combate ao câncer de pele, inclusive em parcerias com outras instituições públicas e privadas”, informou a gerente.
Sobre o câncer de pele, Januária de Queiroz Cavalcanti Ferreira Porto, integrante a Junta Médica da Gevid-TJPB, informou que a nossa pele é maior órgão do corpo humano e a principal barreira física contra o meio externo e disse que o câncer da pele responde por 1/3 de todos os diagnósticos de Câncer no Brasil. “O Instituto Nacional do Câncer (INCA) registra, a cada ano, cerca de 185 mil novos casos. A doença é causada por crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele e são provocadas principalmente por exposição excessiva aos raios ultravioletas”, destacou.
Os tipos mais comuns de câncer de pele são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis pela maior parte dos novos casos da doença por ano. “Já o melanoma, apesar de ser mais raro, é o tipo mais agressivo e deve ser tratado o mais precocemente possível pois pode levar a morte.
Prevenção – Ela lembrou que a melhor forma de prevenir o câncer de pele é proteger e observar a pele diariamente. Presença de lesões em pele com alteração de cor e textura devem ser acompanhadas por um profissional especialista na área, uso de roupas, exposição ao sol em horários adequados e uso de protetor solar são imprescindíveis para uma pele saudável.
“Quanto a escolha do fotoprotetor, devemos buscar uma boa proteção contra a radiação UVA e UVB. A radiação UVA tem comprimento de onda mais longo e sua intensidade pouco varia ao longo do dia. Ela penetra profundamente na pele, sendo a principal responsável pelo fotoenvelhecimento e pelo câncer da pele”, explicou Januária de Queiroz. Já a radiação UVB, disse ela, “tem comprimento de onda mais curto e é mais intensa entre as 10 e as 16 horas, sendo a principal responsável pelas queimaduras solares e pela vermelhidão na pele”.
Pessoas com pele com tendência a acne devem optar por veículos que não deixem a pele oleosa, como gel creme. Já aqueles pacientes que fazem muita atividade física e suam bastante, devem evitar os géis, pois saem facilmente.
Por Fernando Patriota